quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Moda, sociedade e nostalgia

A linguagem e a moda são os elementos mais poderosos de representação da sociedade. Nesse post falarei de moda.

A moda pode ser influenciada por estilistas, profissionais de marketing e celebridades, mas quem decide a moda no fim das contas é a massa. Então quando temos pessoas com diversos estilos diferentes, consequentemente temos nuances de moda diferentes. Existe uma frase famosa de Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, que fala: "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa". Quando fui pensar para redigir esse post, ela me veio a mente. Será mesmo verdade?

Vamos por partes. Para entender minha opinião primeiro temos que definir alguns termos. alguns alegam que existe uma homogeneização da cultura, para mim quando mais tentam homogeneizar mais subculturas e grupos menores surgem. Como profissional de marketing, vejo globalmente a subculturalização [existe esse mesmo termo?] como um processo interessantíssimo, pois a linguagem, assim como a moda, se tornam mais complexas e diversificadas a cada segundo. As marcas tentam mapear os vanguardistas (early adopters) para influencia-los, que com o tempo surgem e formam novos nixos de influencia. Gerando um ciclo de renovação permanente e criando algo como uma paradoxo, pois quanto mais as marcas tentam controlar, mais pessoas em busca de liberdade criativa surgem.

Compliquei? Sim, mas é assim que funciona. É uma corrida de cavalos, onde os cavalos famosos e conhecidos por estarem à frente são mais valorizados pelos apostadores (no caso as marcas). É lógico que existem corridas manipuladas, mas grande parte delas não. É ai que a moda e linguagem se misturam e precisamos usar o delicado e com infinitas definições termo cultura. Seja como for, por mais rápidas, dinâmicas e envolventes que as marcas sejam, no momento acredito elas influenciem muito, mas não guiem os consumidores.

Então moda, da mesma forma que na relação marca e consumidor, acaba existindo de forma livre se pensarmos o dia-a-dia e mesmo em convenções (como festas a noite, casamentos e afins) existem e sempre existiram pontos fora da curva.

Espero que continue assim...

Confira esse curioso vídeo com a evolução da moda em segundos. Curta a nostalgia e se questione quanto o reflexo da época as roupas são.



A idéia desse post surgiu em Comunicadores.

2 comentários:

  1. Eu vejo isso de uma forma quase igual, mas não exatamente assim.

    Em minha concepção o termo que explica isso de forma mais simples e direta seria:

    "A mídia controla a massa, quando consegue fazer a massa aderir uma moda."

    A origem do nome moda é modelo, formato.

    A moda é só uma desculpa para moldar a sociedade fingindo estar fornecendo um serviço para suprir uma necessidade fabricada, que ninguém aceitaria se soubesse as verdadeiras intenções que estão por trás.

    Por isso eu admiro posturas claras.

    Respeito as adesões a ideologias, culturas e comportamentos sinceros e conscientes, e me abstenho das modinhas.

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  2. E quando surge uma "moda" derivada de uma opinião ou movimento público? Como a moda rip... que não estava ligada a um tipo de roupa, mas a qualquer coisa colorida e confortavel. Se o modelo tiver como elemento principal o generalismo, então acaba essa concepção de "modelo". Não concorda?

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