segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quinto dia: Sono


A gaivota voa, paira por sobre mim. Paira silenciosamente contra o cortante vento salobro. Paira sobre mim, me levando ao alto, para eu que assim vôo. Um mosquito zune para o fundo dos cobertores, seu cheiro me invade, e o mar...
No mar a gaivota paira, para alem do mar, para alem do vento... paira... paira...
O tintilar dos sinos dos barcos que são as únicas referencias de que ainda estamos voando. Barcos que cortam meu mar, como sujeira nas minhas veias...
E o tintilar que atravessa o ar, para meus ouvidos. Eu que pairo, entre cobertores, que pairo, que vôo... que durmo.

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