Hoje senti distancia de alguma coisa que nao sei descrever...
Estava no metro, olhares esquivos se cruzando com a sutileza do cotidiano
Pensando no que move esse mundo, no que move todos
Não quero fazer criticas vazias ao mundo ou aos sistemas
Nem utopisar coisas simples.
Enumerei...
Boa companhia, para pensar e sonhar lado a lado
Bons amigos, para sair do próprio mundo e exaurir a própria realidade
Conforto, conceito muito relativo aos indivíduos.
Mas por estranho que pareça em nenhum momento pensei em amor...
Me senti mais vazio ainda.
O muro passava velozmente através da janela tampada pela metade por um careca
os canos e tubos se alternavam em constância viperina.
Voltei a pensar, após minha retina reassumir o foco perdido...
Voltei a sentir falta de verdade, honestidade pura e simples
Arrumei o pé, começava a adormecer.
Me posicionei ereto e olhei em volta, através da trama de entreolhadas...
Foi como ser um peixe dourado no aquário, olhando através de um vidro embaçado
um vidro partido em finitos, mas incontáveis pedaços,
onde cada refratar era um sonho, um desejo, uma leve inclinação...
Onde todos ali queriam chegar?
Depois de terem realizado seus desejos cotidianos
Qual era o sonho de cada raio brilhante no fundo da minha retina?
Não importa... se eu não amo? Pra que isso importa?
Ês que cá estou agora, derramando palavras com meus dedos
Letras, mãos, olhos... pensamento.
E as perguntas reverberam dentro de mim,
mas acho que tudo um dia mudará...
Como um moinho de gigantes alá Don Quichote
Em que na planície distante acordes de guerra me despertarão para o que busco...
Quem tocará a canção? Quem dedilhará as cordas?
Victor Humberto? sério? que coisa.
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